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Um pouco mais sobre ansiedade

Um pouco mais sobre ansiedade

Ansiedade, quem já não sentiu? Podemos sentir ansiedade ao pensar em um encontro, em um primeiro dia de trabalho, ou ainda ao acordar à noite assustado com algum barulho que pensa ter escutado vindo de fora.

Ansiedade, quem já não sentiu? Podemos sentir ansiedade ao pensar em um encontro, em um primeiro dia de trabalho, ou ainda ao acordar à noite assustado com algum barulho que pensa ter escutado vindo de fora. São muitas as situações que podem gerar um certo grau de ansiedade. Aprendemos a conviver com ela. Porém, quando a sentimos muito intensamente, ela pode nos causar sensações muito desagradáveis, como falta de ar e sensação de sufocamento, formigamentos, tensão muscular, entre outras. E, muitas vezes, as pessoas não entendem o porquê dessas sensações e a ansiedade pode causar pânico. A ansiedade é tida como uma reação ao perigo e tem como um dos objetivos, proteger o organismo e não o prejudicar. Nos dá um sinal de alerta. Mas pode se tornar um problema quando a pessoa fica paralisada, não consegue e não sabe como reagir e sair daquela situação. Interrompe seu contato consigo mesma e com o meio. Sua percepção fica afetada.

“De acordo com Bilbao (2010), ao menos 75% das pessoas que apresentam ajustamentos depressivos também manifestam sintomas característicos da ansiedade; inversamente, a ansiedade também pode provocar algum tipo de depressão.” 

Por isso é importante estar atenta às sensações e procurar ajuda profissional antes que o quadro piore. Iniciar um acompanhamento Psicoterapêutico e, se necessário, também consultar um psiquiatra para avaliar se é o caso de tomar ou não medicação para auxiliar nesse momento mais crítico.

Na psicoterapia, podemos trabalhar para que a pessoa consiga ampliar a consciência de si mesma, de suas relações com o mundo e, assim, fortalecer seu autossuporte. Quando consegue ampliar a gama de suas sensações que lhe dão prazer, consegue, também, resgatar essas sensações que lhe auxiliarão a lidar com a própria ansiedade. A pessoa consegue ressignificar situações antes captadas como inacabadas e insatisfatórias. 

Quanto mais nos conhecemos, melhor aprendemos a buscar o equilíbrio e a nos autorregular. 


1 YANO, L. P.; MENDES, A. O. “Rosa; da ansiedade pela perda do outro à awareness sobre a perda de si”. In: FRAZÃO, L. M.; FUKUMITSU, K. O. (orgs.). Gestalt-terapia: fundamentos e práticas. São Paulo: Summus, 2019, p.93.

Por Renata Leal Quaglio
Psicologia e Psicopedagogia
CRP 06/46.098-0